Hanseníase: desafios, combate ao preconceito e a importância do diagnóstico precoce

Dia Mundial de Enfrentamento da Hanseníase é celebrado neste domingo, 26 de janeiro. A Enfermagem é protagonista no processo de superação de preconceitos, de identificação e de manejo da doença

24.01.2025

A hanseníase, doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, continua sendo um desafio de saúde pública no Brasil, e é responsável por 92% dos casos registrados nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo com dados alarmantes, a doença tem cura e o tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz e pode prevenir complicações como a deformidade.

Com sintomas como manchas na pele, perda de sensibilidade e dores agudas, não é altamente contagiosa e se espalha através do contato próximo e frequente com pessoas com doença ativa que ainda não iniciaram o tratamento. A importância do diagnóstico precoce é tema deste Dia Mundial de Enfrentamento da Hanseníase, que será celebrado neste domingo (26/1). O Janeiro Roxo é a campanha que busca conscientizar sobre a doença, incentivar a detecção precoce e combater o estigma associado.

Direito ao sigilo – Pessoas com doenças como hanseníase, HIV, tuberculose e hepatites crônicas têm direito ao sigilo sobre sua condição, garantido pela Lei 14289/22. Os serviços de saúde devem garantir a privacidade do paciente, evitando que sua doença seja exposta ao público, para prevenir preconceito e constrangimentos. A divulgação indevida dessas informações pode resultar em multas e indenizações por danos materiais e morais.

Para erradicar a hanseníase, é necessário não apenas tratar a doença, mas também superar o preconceito que ainda dificulta o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. A Enfermagem segue como protagonista nesse processo de superação de barreiras, de identificação e de manejo da doença, promovendo saúde e dignidade para todos.

Fonte: Ascom Coren-PR